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Blog de viagens e passeios. Guia da cidade onde vivemos: Madrid.
A história da nossa visita a Carcassonne teve um aspecto curioso e algo trágico ao mesmo tempo. Passeávamos nós pelo Castelo quando vimos ao longe o Hotel de la Cité com um terraço convidativo, na altura vimos fumo a sair e achávamos que era uma chaminé do restaurante do hotel ou até um churrasco ao ar livre.
Quando caminhávamos em direcção á Basílica de Saint-Nazaire para nosso espanto vemos um pequeno grupo de curiosos e um grupo de empregados desesperados e ouvíamos as sirenes de bombeiros, não era uma chaminé, era um incêndio. Mais tarde encontrei a noticia e soubémos que uma parte importante deste histórico hotel foi destruída.
A experiência em si não retirou do nosso pensamento o quão pitoresca era esta pequena praça e também importante, porque para além do hotel está a Basílica (que não conseguimos visitar) e um dos restaurantes mais famosos da Cité, o Chez Saskia. Está também uma loja de "souvenirs" a Trouvailles.
Segundo li não houve feridos a registar apenas danos materiais, alguns dos quais não se recuperarão e faziam parte da riqueza histórica do hotel e da cidade.
Carcassonne é um lugar especial, com as suas raízes medievais bem conservadas e pitorescas praças como esta do Chateau.
Ao centro da praça está o busto de Jean-Pierre Cros-Mayrevieille, o homem que não cruzou os braços quando viu que queriam demolir a cidadela (o que restava pelo menos) medieval. Nasceu em Carcassonne, era historiador e arqueólogo que conseguiu que a Basílica de Sta. Nazaire fosse preservada e foi o grande impulsionador da reconstrução da antiga Cité e graças a ele, hoje podemos visitar Carcassonne, o lugar que dizem ter inspirado contos de fadas como o da Bela Adormecida.
O que a mim me impressionou nesta praça é que não sendo muito grande consegue ter um pouco de tudo, desde pequenos hotéis, a lojas de souvenirs, passando por restaurantes onde podemos provar a comida típica da região como "cassoulet" e sentarmo-nos na esplanada a apreciar o ambiente. Tem ainda uma loja de roupa Le Blé en Herbe, com roupa de algodão 100% natural.
O processo da sua recuperação começa em 1846 com vários projectos mas quem a leva a cabo é o arquitecto Viollet-le-Duc, que ao chegar a Carcassonne a encontra em ruínas. Apenas uma parte das torres construídas no século XIII estavam de pé e dentro do castelo podemos ver o antes e depois da sua reconstrução.
Em 1853 a porta é recuperada segundo a visão do arquitecto, a tal que foi muito criticada por não ser leal ao original.
Junto á porta está um busto de Carcas, uma dama sarracena a quem se atribui o nome da cidade. Reza a lenda que a cidade estava cercada pelas tropas de Charlemagne e que esse cerco durava ja á cinco anos. No interior do castelo já havia pouca comida mas Carcas decidiu atirar um porco "recheado" com cereais para demonstrar aos invasores de que ainda tinham comida (porque a estavam a desperdiçar daquela forma), as tropas bateram a retirada e Carcas fez tocar os sinos para celebrar. Assim nasceu o nome Carcas-sone, o nome da name e sone de fazer soar os sinos.
Dentro da cidade fortificada de Carcassonne está o seu Castelo. Foi construído no século XII e era propriedade da familia Trencavel até ter sido entregue á coroa francesa.
No século XIX inicia-se o processo de restauro de Carcassonne que terá iniciado com a sua Catedral mas que depois se estendeu a outras estruturas relevantes como o Castelo e as Muralhas.
A cargo do projecto estava o arquitecto francês Viollet-le-Duc que na altura levantou muita polémica por não estar a fazer uma reconstrução mais fiel ao que teria sido, no final a obra foi apreciada e hoje podemos disfrutar deste lugar da época medieval que nos faz parar no tempo.
É juntamente com a Rue de Bourgogne uma das ruas mais antigas da cidade, o seu traçado remonta ao tempo romano e fazia a ligação entre uma ponte romana que existia na altura com o resto da cidade. Hoje é um dos melhores exemplares em termos de fachadas medievais.
A verdade é que Orleães surpreendeu-nos muito principalmente por ruas como esta onde podemos ver este edificios em que parece que o tempo parou naquela época. O seu nome vem da visita á cidade por parte de Carlos V o Imperador do Sacro Império Romano, o filho de Joana a Louca.
Esta foi a rua recomendada pela recepcionista do nosso hotel para jantar. A verdade é que passámos por esta rua e a oferta de bares e restaurantes era tão variada que nem conseguíamos escolher.
Na rua muitos edificios conservam ainda a sua fachada medieval e muitas das lojas que podemos ver nesta rua têm aquele charme rústico francês.
As esplanadas são convidativas e as cartas também, pode ser uma rua muito apreciada pelos turistas mas seguramente que é ainda mais pelos locais aqui podem comer não só da sua própria cozinha mas também de outros países, encontrámos por exemplo um restaurante libanês.
Uma das coisas que mais gostámos em Avignon foram as suas praças e ruelas cheias de charme, restaurantes e lojas que te convidam a entrar e a gastar uns euros. A Place de Crillon é talvez o melhor exemplo do que falo, mas há outras mais pequenas e menos conhecidas.
Originalmente Place de la Comédie, recebia esse nome por ser onde estava instalado o seu teatro. Na sua história está um passado marcadamente dedicado ás artes e ainda hoje se vê, não de representação (cujo teatro passou a estar na Place L'Horloge) mas da pintura e da escultura que marcam a sua presença em ateliers e exposições.