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Blog de viagens e passeios. Guia da cidade onde vivemos: Madrid.
São muitas as (boas) memórias que tenho do CCB, lembro-me de que quando foi inaugurado se falava de que era uma construção desnecessária porque o motivo da sua construção foi pelo facto de Portugal acolher a presidência da União Europeia, estávamos em 1992. Na altura diziam que o edificio era feio, uma aberração que estragaria a beleza da Praça do Império dominada pelo Mosteiro dos Jerónimos.
Questionava-se a sua utilidade quando outro país fosse assumir a presidência da UE e hoje o CCB lá está, um espaço que revelou a sua própria personalidade e que é utilizado para o que o seu nome indica, é acima de tudo um centro cultural. Lisboa precisava de um espaço assim, um multiusos para conferências, convenções, eventos de carpete vermelha, exposições, concertos, etc.. e por isso o CCB já faz parte do quotidiano da cidade.
O dia não estava solarengo quando visitámos o parque mas esta não foi a primeira vez que aqui estivémos e passear por ele é sempre um prazer. Um jardim dedicado a vários poetas portugueses que marcaram a história da poesia no nosso país. A ideia nasceu de um conceito de David Mourão Ferreira e do escultor Francisco Simões.
A Alameda dos Poetas abre o caminho para os pequenos jardins dedicados a cada um dos poetas aqui homenageado, entre eles estão Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Mário de Sá Carneiro, Alexandre O'Neill, Manuel Alegre, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner, entre outros. Pela alameda podemos ler poemas de alguns deles.
São muitas as cidades europeias cuja praça onde se localiza a sua câmara municipal é a mais importante ou a mais grandiosa, não é o caso da modesta Praça do Município de Lisboa. É pequena e talvez não seja das mais interessantes da cidade, o Rossio, o Terreiro do Paço e até a Praça da Figueira acabam por ser mais emblemáticas.
Ainda assim é nela que podemos ver os Paços do Concelho ou seja, a Câmara Municipal instalada num edificio neo-clássico. Ao centro está o pelourinho construído após o terramoto no século XVIII.
Mouraria é um bairro lisboeta situado entre o Martim Moniz e o Castelo de S. Jorge. Foi nele que ficaram os mouros após a conquista da cidade por parte de D. Afonso Henriques mas hoje é dia o bairro é mais conhecido como o berço do Fado.
Outrora um bairro mais problemático hoje podemos vê-lo com outra cara, algumas fachadas foram recuperadas mas outras ajudam a manter o espírito "decadente" que tanto agrada a quem o visita e lhe dá o seu cunho de identidade. Continua a manter o seu espírito de bairro alfacinha e é um local multicultural e diria também de diferentes gerações.
Comprei uma revista em Espanha que trazia um guia de Portugal (sim...necessito de um guia para o meu próprio país, é uma tristeza), ao folheá-lo li uma página sobre os restaurantes da moda, um deles era o Pharmácia que já tinha visto recomendado noutros guias e revistas. Aproveitando um fim de semana relâmpago em Lisboa reservei mesa (foi um Sábado á noite) para o turno das 20h (o outro é ás 22h).
A primeira coisa que chama a atenção é a localização, está instalado no edificio da Associação Nacional de Farmácias e a segunda é o ambiente do restaurante. Decorado como se fosse uma farmácia antiga, utiliza mesas antigas e cadeiras que não batem certo juntas mas tudo cria um ambiente acolhedor, confortável e acima de tudo descontraído.
Na nossa última visita a Lisboa antes do Natal fizémos um passeio pela cidade onde sem o ter planeado viémos parar ás ruinas do Teatro Romano. Lembro-me quando numa visita da escola visitámos o espaço parece que pouco ou nada mudou porque para entender que ali esteve em tempos um teatro temos que puxar muito pela imaginação.
Foi construído na época do Imperador Augusto e remodelado ao longo dos anos até que caiu no abandono e foi descoberto depois do Terramoto de Lisboa. Aparentemente uma estrada divide o teatro em dois e do lado direito podemos ver um edificio típico lisboeta onde está instalado o Museu.
Inaugurado no inicio deste ano, só agora tivémos oportunidade de conhecer o Pátio da Galé junto ao Terreiro do Paço. Tornou-se rápidamente num lugar da moda da cidade e não é por acaso que está neste espaço a sede da Moda Lisboa.
A nossa caminhada já ia longa e decidimos parar na esplanada do Paço D'Água para comer um gelado. Não são os melhores da cidade (principalmente com um Santini no Chiado) mas o espaço proporciona uma vista excelente para o Terreiro do Paço e o ambiente que mistura turistas e locais torna tudo ainda mais agradável.