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Blog de viagens e passeios. Guia da cidade onde vivemos: Madrid.
Situada no bairro mais bohémio de Paris - Montmartre, a Boulevard de Clichy é famosa pela sua agitada vida nocturna e o local onde podemos ver o célebre Moulin Rouge. Saímos na estação de metro de Pigalle mas a mais próxima do famoso cabaret é a Blanche.
Percorremos esta rua pela manhã, é claramente o oposto da noite, muito tranquila podíamos ver alguns turistas e alguns que dormiam pelos cantos do passeio central cujas árvores proporcionavam uma agradável sombra. Claramente, a noite terá sido dura para eles.
Foi pintada por Vincent Van Gogh e por ela passaram vários artistas como Degas (que viveu nesta rua), Picasso, Mondrian, Dalí, entre outros.
Continuando o nosso passeio de bicicleta por Paris fomos parar á Praça da Ópera onde vimos uma grande agitação á volta do Palácio Garnier. Nele está a Academia Nacional de Música e a Ópera de Paris.
Junto ás escadas do elegante edificio, um grupo de músicos tocava como se a Academia tivesse saído á rua e tinham bastante público. Ficámos algum tempo a ouvi-los tocar enquanto contemplávamos a fantástica fachada do palácio.
Situado a norte do Louvre, o Palácio Real é hoje a sede do Conselho de Estado mas desde da sua construção no século XVII que importantes figuras da história francesa passaram por ele nomeadamente o Cardeal Richelieu. Na realidade antes de ser o Palais-Royal foi o Palais-Cardinal.
Ao longo dos séculos teve várias utilizações, após a morte do Cardeal Richelieu foi a residência do jovem Luís XIV o futuro Rei de França. Mais tarde e na era Orleães foi palco de luxuosas festas e era um local de jogo, função que continuou a ter até ao século XIX quando se tornou na sede do Conselho de Estado. Numa parte do palácio está o Ministério da Cultura.
No nosso passeio de bicicleta por Paris passámos por esta praça circular rodeada de elegantes edificios e ao centro vimos uma estátua equestre que mais tarde percebemos ser do Rei Luís IV, o famoso Rei Sol.
O actual monumento ao monarca foi construído em 1828, mas o original que era do século XVII e que foi construído juntamente com a praça e os seus edificios foi destruído durante a Revolução Francesa. Ao centro ergueram-se outros monumentos até que D. Carlos X ordenou a construção de uma estátua em honra ao famoso Rei Sol.
Ao percorrer os Champs-Élysées começámos a ver um aparato de gente e polícia que nos pareceu fora do normal. Sim, estávamos perto do Arco do Triunfo mas que estaria para acontecer para causar tamanho burburinho?
Fomos na Páscoa (25 de Abril) e este tipo de cerimónia segundo tinha lido nos guias acontecia a 8 de Maio, data em que se celebra a vitória na II Guerra Mundial, o ritual é muito parecido há uma marcha lenta de militares liderada por veteranos de guerra que levam uma coroa de flores e colocam na campa do Soldado Desconhecido.
300 degraus separavam-nos da possibilidade de uma vista panorâmica de Paris. Apenas 300 degraus. Depois de subir os da Sagrada Familia estes pareciam uma brincadeira, mas custam igual. O que não entendo nestas coisas é que se sou eu que os subo porque tenho que pagar para o fazer, entrar na Basílica é gratuito mas subir á cúpula (pelos meus próprios pés) pago 5€.
Mas uma vez no topo percebemos porquê, a vista compensa e 5€ deixam de ser uma despesa mas um verdadeiro investimento. A vista sobre a cidade é magnífica e podemos ver tudo.
Guardámos para o fim a visita á Basílica do Sagrado Coração que está no topo de Montmartre e dedicámos uma manhã a fazê-lo. Há muito mais para fazer que simplesmente visitá-la, todo o seu entorno convida a ficar um pouco mais, queremos sentar-nos na relva a comer uma sandes enquanto vemos as pessoas a passar, ou ficar a apreciar os originais artistas de rua que por ali andam.
Reza a história que foi construída depois de uma promessa de Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury em troca da salvação de França na guerra franco-prussiana. Além disso atribuíam a decadência da cidade e do país, não aos factores políticos mas sim espirituais e a Basílica seria uma forma de os recuperar.